domingo, 9 de março de 2014

Documentário Final

Olá leitores! Como já foi anunciado na postagem anterior, chegamos ao fim do nosso trabalho. Para concluir esse projeto, produzimos um documentário sobre o Center Shopping. Este documentário conta com informações desde a inauguração do Shopping até os dias de hoje, as transformações ocorridas, o impacto do Shopping na cidade de Uberlândia, as novidades que o shopping trará este ano, o perfil dos consumidores e diversos outros assuntos.
Acreditamos que o objetivo do blog foi cumprido com sucesso, para nós que realizamos esse trabalho foi um grande aprendizado pois pudemos entender um pouco como funciona esse grande empreendimento que é um Shopping Center e como ele movimenta toda uma cidade. Esperamos também ter passado um pouco mais de conhecimento e informação á vocês.
 
                                                              Atenciosamente,
 
Amanda Lima
Amanda Freitag
Giovanna Bernardes
Thais Vieira
Boa noite leitores,
Bom o motivo deste post é um pouco diferente de todos os outros, venho através deste para encerrar as atividades deste blog.
Com todo esse tempo convivendo com situações que acontecem em shoppings centers e pesquisando sobre, foi possível tirar muitos aprendizados e conclusões.
Primeiramente podemos observar que o shopping é cada vez mais popular entre as pessoas, ele se tornou um ambiente em que a população vê como forma de lazer, de distração, não somente como um lugar em que se realizam compras. Isso acontece principalmente devido a segurança que o shopping transmite a população.
Referindo ao Center Shopping podemos observar o quão complexo ele é, um local que funciona milhares de serviços e que atende milhares de pessoas por dia. É um local que tenta cada vez mais aproximar-se do consumidor, atendendo suas vontades e necessidades, estreitando essa relação.
O shopping é hoje um local em que toda a população, seja da classe A ou classe C frequenta, excluindo os rótulos que eram impostos antigamente, de que só a classe A podia frequentar um local assim.
Por fim resta agradecer a oportunidade de realizar este trabalho, vendo o shopping com outra visão, tendo a oportunidade de aprender sobre esse mundo tão próximo de nós.

Amanda C. Freitag

BRMALLS

Olá galera, hoje vim contar pra vocês um pouco mais sobre a empresa BRMALLS que comprou 51% das ações do Center Shopping e hoje cuida da administração e de todas essas novidades que estamos contando pra vocês. A BRMALLS é conhecida por ter conseguido em poucos anos se tornar a maior e mais eficiente companhia de Shoppings do Brasil e eles dizem não querer parar por ai e estão buscando o titulo de maior e melhor companhia de Shopping do mundo!
No Perfil da companhia eles apresenta um pouco mais sobre as conquistas da empresa dizendo que ela é a maior empresa integrada de shopping centers do América Latina, com participação em 51 shoppings, além de ser a única empresa nacional de shopping centers com presença em todas as cinco regiões do Brasil, atendendo a todas as classes sociais.
Mas mesmo sendo uma companhia consideravelmente jovem, possui valores, responsabilidade social e código de ética, e eu vou contar pra vocês um pouquinho de cada uma dessas características da empresa:
Sobre os valores da empresa, no site da mesma eles apontam 5 pontos essenciais que são: “Desenvolvemos Donos, Priorizamos Crescimento e Produtividade, Trabalhamos com Simplicidade e Agilidade, Focamos em Resultados e Meritocracia e Executamos com consistência e eficiência”. Agora falando da responsabilidade social eles apresentam as iniciativas ambientais e sociais que a empresa já executou em quatro anos de existência, demonstrando projetos executados nos shoppings da empresa.
o Código de Ética da BRMALLS estabelece os princípios que orientam o desenvolvimento das atividades, trabalhos e relações na empresa, bem como a conduta ética que cada profissional da empresa deve adotar para a elevação da qualidade dos serviços. Eles disponibilizam também um canal de denúncias da empresa onde nós podemos denunciar, até anonimamente condutas consideradas antiéticas ou que violarem a legislação vigente.
Bem galera acho que deu pra conhecer um pouquinho mais sobre a BRMALLS, mas se ficou mais alguma curiosidade ou dúvida basta vocês entrarem nesse site: http://www.brmalls.com.br/ e navegarem um pouquinho mais nas informações dessa nova empresa que chegou a Uberlândia.

Até a próxima,

Giovanna Bernardes Coelho Corcino

Gol de Placa

Boa tarde leitores!!

Hoje, venho apresentar mais uma atração do Center Shopping Uberlândia! Em ritmo de Copa do Mundo, o Center Shopping trouxe uma atração para toda a família e amantes do futebol. É o “Gol de Placa”, que possui eventos como o “Parque de infláveis”  e o “Cine 6D”.

O parque de infláveis traz atrações para a garotada, com pula pula, piscina de bolinha, labirintos e cama elástica. Todos esses brinquedos relacionados ao tema futebol. Enquanto os pequenos se divertem nos brinquedos, os adultos podem desfrutar do Cine 6D, uma experiência sensorial que exibe filmes como “Futebol: Uma Paixão Nacional” entre diversas outras opções. A grande diferença do Cine 6D é a experiência única fornecida aos telespectadores: a exibição envolve o público instigando todos seus sentidos, com efeitos especiais adaptados ao filme, som acústico, efeitos de luzes e elementos como água, vento, vapor e cheiros. As crianças que quiserem também poderão assistir ao filme junto com os papais.

O Gol de Placa estará na praça de eventos do piso 1 até o dia 23 de março.

Essa é uma ótima oportunidade para toda família se divertir e já entrar no clima da Copa, que já está chegando. Vale a pena passar lá e conferir.

 
Thais Vieira Santos

ABRASCE

Olá leitores! Já faz tempinho né? Hoje vou falar sobre a ABRASCE (Associação Brasileira de Shoppings Centers). Ela é a representante oficial dos shoppings em todo Brasil e surgiu em 1976 com o objetivo de fortalecer e colaborar com o desenvolvimento do segmento no País. Entre os associados da ABRASCE estão os principais empreendedores, administradores, prestadores de serviços e lojistas da indústria. No total, 280 shoppings que atuam no Brasil são filiados à entidade.


A ABRASCE possui um site – http://www.portaldoshopping.com.br -  no qual ela disponibiliza dados do setor, sua visão e missão e os eventos da área. No mesmo endereço eletrônico, ela destaca a mudança de foco do shopping, que antes era uma lugar apenas para realizar e hoje se tornou um espaço de conveniência e também de convivência. Outra mudança interessante contabilizada pela associação é que ao final de 2013, pela primeira vez na história dessa indústria, as capitais brasileiras tiveram menor número de shopping centers do que as outras cidades. Em dezembro de 2012, 51% dos centros de compras estavam localizados em capitais brasileiras e 49% em outras cidades.

Na tabela abaixo, retirada do site da ABRASCE, pode se acompanhar a evolução do setor no país nos últimos anos:

SHOPPING CENTERS NO BRASIL 2013
ANO
Nº DE SHOPPINGS
ABL (MILHÕES DE M2)
LOJAS
FATURAMENTO (EM BILHÕES DE REAIS/ANO)
EMPREGOS
TRÁFEGO DE PESSOAS (MILHÕES VISITAS / MÊS)
2006
351
7,492
56.487
50
524.090
203
2007
363
8,253
62.086
58
629.700
305
2008
376
8,645
65.500
64,6
700.650
325
2009
392
9,081
70.500
74
707.166
328
2010
408
9,512
73.775
91
720.641
329
2011
430
10,344
80.192
108
775.383
376
2012
457
11,403
83.631
119
877.000
398
2013
495
12,940
86.271
129
843.254
415

Para saber mais sobre a história, evolução, eventos e inaugurações do setor acessem o site: da ABRASCE: http://www.portaldoshopping.com.br/

Postado por Amanda Lima

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CineMaterna

Boa Tarde Leitores,

        Hoje falaremos sobre outra novidade que o Center Shopping trouxe para a cidade de Uberlândia... Desde agosto de 2013 o projeto CineMaterna foi inaugurado no Center Shopping. Este projeto consiste em levar mamães e papais com bebes de até 18 meses para assistirem filmes em um ambiente especialmente preparado para eles. Os filmes são voltados ao entretenimento e são os próprios pais que os escolhem por meio de enquetes no site do projeto. Logo após a sessão de cinema, os participantes seguem para um café, a fim de trocarem ideias e experiências.
        Para melhor acomodação dos pais e de seus bebês, o CineMaterna conta com uma equipe de facilitadoras, também mães, que está em todas as sessões para receber, conduzir e auxiliar mães e bebês em tudo o que precisarem. As salas do cinema são especialmente preparadas com trocadores, som reduzido, ar condicionado moderado, luzes suaves acesas, tapetes com brinquedos e estacionamento de carrinhos de bebês, proporcionando total conforto aos pais e seus bebês.
       
        O Center Shopping é o primeiro shopping do interior de Minas Gerais a receber o projeto que hoje está presente em 31 cidades de 14 estados, e conta com 62 salas de cinema e 63 sessões mensais, com apoio de 19 mães colaboradoras. O projeto teve grande aceitação dos papais uberlandenses. O evento tem frequência mensal e ocorre sempre na última quinta-feira de cada mês.  


Fontes: www.cinematerna.org.br
www.centershopping.com.br

Postado por: Thais Vieira Santos

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Fotoetnografia





Durante alguns dias frequentando o Center Shopping observando o comportamento e entrevistando algumas pessoas que o frequenta é possível fazer algumas interpretações sobre este ambiente.
O Center Shopping é frequentado diariamente por milhares de pessoas, algumas passam com pressa, outras gastam suas tardes ou até mesmo um dia inteiro no shopping. O publico é bastante variado, é possível encontrar pessoas de todas as faixas etárias, classes e grupos. Observamos a presença de famílias, grupos de amigos, casais, entre outros.
            Antigamente o shopping era visto como um local frequentado apenas por públicos de classes mais altas, a partir de uma observação percebemos que atualmente não há mais esta restrição.  A visão de algumas continua a mesma, vendo o shopping como um símbolo de status, levando-as a separar suas melhores roupas para ir ao local.
O shopping atende necessidades fisiológicas oferecendo, por exemplo, duas praças de alimentação, atendendo também necessidade de segurança já que a maioria das pessoas circula o Center Shopping com bastante tranquilidade, sem a preocupação de que algo desagradável aconteça.Parece que o shopping atende principalmente a necessidade de prazer, para a maioria das pessoas o ato de ir ao shopping e fazer compras gera sensação causando o bom humor e satisfação dos consumidores.
            A combinação desses fatores leva a população ao shopping usando-o como uma forma de lazer, as pessoas se reúnem com os amigos ou familiares e passam grande parte de um dia lá, esquecendo que existe um mundo lá fora.
Além disso, é possível concluir que o Center Shopping move grande parte da economia da cidade contando com centenas de lojas gerando milhares de emprego
Nos finais de semana o shopping costuma receber uma grande multidão que procura uma forma de lazer, frequentando os cinemas, ou locais que possibilitam a diversão ou um convívio social. 

Postado por Amanda Freitag

Entrevistas


        Nas entrevistas realizadas com alguns consumidores e trabalhadores do Center Shopping, ficou claro que a grande maioria gosta de trabalhar no local. Apenas uma funcionária diz não gostar, por achar o volume de trabalho muito grande. A maioria porque gosta do ambiente e do movimento que o shopping possui. Eles gostam tanto do shopping, que não mudariam nada nele. O entrevistado que trabalha lá há mais tempo (6 anos), disse não ter observado grandes mudanças no período. Em relação aos consumidores, um dos grandes fatos que os fazem apreciar o shopping é a praticidade, ou seja, poder encontrar e fazer muitas coisas em um só lugar incluindo compras e entretenimento. A maioria vai com muita frequência ao Center Shopping, quase que semanalmente. Realizamos 12 entrevistas no total, 6 com clientes do shopping e 6 com pessoas que trabalharam lá dentro.

Quais motivos nos levam ao shopping?

Grande parte da população atual frequenta ou já visitou algum Shopping Center pelo mundo, isto porque eles são considerados como uma das ‘’atrações’’ preferidas pela população para passarem seu tempo livre.
Segundo uma pesquisa realizada em um painel online 85% dos consumidores brasileiros frequenta shopping centers.
Este sucesso pode ser explicado, pois as pessoas tem uma visão dos shopping centers como um local livre de fatores que os incomodam, como chuva, sol, frio, pedintes, trânsito, poluição.
Além disso, o capitalismo nos impulsiona a consumir cada vez mais, vendo o consumo como uma forma de satisfazer nossas necessidades. O Shopping Center atende várias dessas necessidades do consumidor, englobando setores de alimentação, diversão, lojas e etc.
E vocês costumam frequentar o shopping por quais motivos?


Postado por Amanda Freitag

Mais uma novidade: TOK&STOK

Bom, como já viemos apresentando algumas lojas apresentadas pelo shopping com a abertura de uma nova grande franquia não seria diferente! Dessa vez o Center Shopping inova e traz pra nós uma referência em móveis e decoração no país. Design de qualidade, produtos exclusivos e o oferecimento de soluções práticas para o dia a dia fazem parte do conceito da TOK&STOK, que procura sempre aliar desenho arrojado a bons preços.
Além disso, é com mais essa nova loja que conta com quase 2000 m² que só vem agregar benefícios para os consumidores e para o shopping, segundo informações tiradas do site da TOK&STOK a loja procura juntar quatro critérios importantes para poder manter sua qualidade que são eles: Um conceito inovador, O prazer de comprar, Exclusividade e design e a Praticidade e conveniência. Cada um desses critérios possuem uma característica inovadora que só irá modernizar mais a nossa cidade e o nosso conceito sobre uma lojas assim.
Alguns exemplos que estariam ligados há estes conceitos que são relevantes para apresentarmos seria a busca por parcerias com designers nacionais e internacionais, trazendo então peças exclusivas e assinadas porém com um preço mais acessível além das peças que são produzidas pelos designs da própria Tok&Stok que são mais funcionais e mantém o preço acessível. Bom podemos ver que isso está ligado a “Exclusividade e design” buscado pela empresa.
Outro exemplo que posso citar são as embalagens seguras que são oferecidas aos clientes, onde é apresentada toda uma estrutura para que o cliente possa levar o seu produto pra casa na mesma hora, por conta própria. Além disso, eles também tem uma maneira diferente de apresentar os seus preços aos seus clientes, trazendo a todos o “Preço casa” e o “Preço loja” diferenciando os custos de entregas dos custos do produto, a Tok&Stok propõe a ao cliente, poder optar por uma economia suplementar realizando o transporte e a montagem por conta própria ou, escolher a comodidade do serviço. O que entra no ultimo conceito o “Praticidade e conveniência”.
Bom, após apresentar um pouquinho mais sobre essa nova empresa que está chegando em nossa cidade o que nos resta é esperar até o segundo semestre do ano que é quando ela vai ser inaugurada para então podermos uma avaliação mais prática da mesma para apresentarmos a vocês, bom gostaria de fechar minha postagem parabenizando o Center Shopping por estar sempre trazendo novidades para nossa cidade de Uberlândia.
Até a próxima,
Giovanna Bernardes Coelho Corcino.



Fonte: http://www.tokstok.com.br/

Instagram

Bom, estava eu procurando saber um pouco mais sobre quão atualizado com as redes sociais o Center Shopping tinha se tornado e descubro que até mesmo Instagram o mesmo tem, que é @centershopping. Fiquei feliz e resolvi segui-lo para saber qual tipo de informação o mesmo passava e fiquei muito feliz em ver que nesta rede social eles buscavam apresentar as novidades, os horários e até mesmo tornava um espaço para melhor contato com os seus freqüentadores.
É com postagens alegres e cotidianas que o instagram do Center Shopping é mantido, tendo desde bom dia com frases motivadoras para seus mais de mil e trezentos seguidores à informações sobre o dia a dia do mesmo, como por exemplo nos informando a que horas as lojas estão abertas, ou como está o movimento no local. O contato maior com seus freqüentadores vem a partir do momento que o eles criaram uma “hashtag” caracterizado como #centershopping para que quando o publico tirar uma foto no shopping, seja fazendo qualquer uma de suas atividades ou até mesmo tirando uma foto por fora de seus prédios, eles possam ver e as vezes até publicar novamente dando todos os créditos para quem realmente tirou.
Como nosso blog é voltado para o Center Shopping, achei interessante trazer pra vocês essa informação, pois quando vi achei super legal eles estarem antenados com as redes sociais e não apenas para poder divulgar e fazer propaganda, mas também pra poder tornar o Center Shopping uma espécie de segunda casa para a família uberlandense, para que assim quando eles abrirem o aplicativo eles vejam frases motivadoras, ou mesmo outras pessoas se divertindo com as atrações oferecidas pelo mesmo. O que sim é um tipo de marketing obvio, mais que em minha opinião foi um marketing muito bem construído e legal que tenho certeza que está sendo muito bem aceito pela sociedade e só trará mais sucesso para o mesmo.
Bom, não é só a rede social instagram que o Center Shopping utiliza para contato com o público, existem várias outras, mais como já disse o Instagram, acho que por ser por mim um dos mais utilizados me chamou bastante atenção. E com isso fecho mais uma postagem, espero que vocês estejam gostando dessas informações apresentados por nós sobre as características do Center Shopping de Uberlândia.
Até breve,

Giovanna Bernardes Coelho Corcino

Lazer, Cultura e Consumo

Este título é o mesmo de um artigo escrito pela Gisela B. Taschner, Professora Titular do Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da Administração da EAESP/FGV. Vou falar sobre o artigo dela hoje, porque achei o tema muito interessante e condizente com a pesquisa de campo que realizamos no Center Shopping esta semana (falaremos disso ainda hoje!).
Bom, basicamente o artigo fala sobre os elos entre estas variáveis, e como alguns são perceptíveis e outros, nem tanto. Um exemplo citado por ela é ir ao shopping em domingos ou feriados, já que o lazer hoje é totalmente mercantilista, inclusive, falei sobre isso aqui no blog há um tempo atrás.
Sobre lazer e consumo, a autora faz referência a Veblen, um dos pioneiros na área. Ele associou o lazer à classe ociosa (aquela que se dedicava a empregos não rotineiros que envolviam atos de coragem) associando o consumo conspícuo ao advento desta classe. Esse consumo era um meio de exibição de status social da classe, baseando-se no princípio de que a riqueza confere honra. Isso deu lugar a uma corrida sem fim das pessoas para atingir um certo padrão para se situarem cada vez mais alto que os competidores por reputação. Nota-se então  o primeiro elo entre consumo e classe ociosa, que não está ligado ao lazer, tal como é entendido no sentido contemporâneo.
Essa visão de Veblen bate com a de Nobert Elias, que analisou a vida da Corte Real  na França. Para Elias, o prestígio de uma pessoa não adivinha de seu consumo conspícuo, mas sim de sua participação na corte Real, no entanto, para participar da Corte era necessário ter uma grande riqueza. Em outras palavras, este tipo de consumo estava mais ligado à política do que a lógica burguesa de consumo, pois eles precisavam mostrar à população todo seu poder. Era então um consumo de prestígio e não discricionário como poderia parecer e não tinha nada a ver com lazer ou diversão.
A autora também analisa a Corte Britânica, onde surgiu um novo padrão: o da pátina. Pátina é o brilho acetinado que surge nos objetos de metal e de madeira após muitos anos de manuseio. Uma família que possui muitos objetos com pátina era uma família poderosa, pois sugeria que os ancestrais tinham riqueza e poder. Assim os nobres começaram a gastar mais com si mesmos em banquetes e em outras casas da família. Pode-se se observar então algo em comum entre as Cortes Francesa e Britânica: ambas foram berços de novos padrões de consumo, baseado na renovação constante de seus itens de consumo.
E a partir do século XIX, o novo padrão difundiu-se para outros segmentos sociais, primeiro, os estratos médios e, depois, as chamadas classes populares. Eis que surgem então as lojas de departamento, primeiramente na Europa e atravessando o Oceano no início do século XX, chegando ao Rio de Janeiro e São Paulo. E elas tornaram muito agradável e divertida a experiência de olhar vitrines, andar nas lojas e fazer compras, pois as pessoas não precisavam mais perguntar o preço, se sentirem forçadas a comprar e podiam muito bem entrar na loja e sair sem comprar nada. Foi aí então que surgiu um elo entre lazer e consumo.
Mas na verdade, o lazer se tornou um consumo depois que adquiriu uma lógica mercantil. Automóveis, cinemas, parques temáticos, etc. Assim surgiu uma cultura de consumo em massa, atingindo primeiro o Primeiro Mundo e depois outros países. Assim a autora chegou à alguns pontos:
1 .“Os laços entre lazer e consumo tendem a manter-se e a estreitar-se em algumas áreas e para algumas pessoas. Seu casamento tende a ser duradouro desde que se ajuste a algumas tendências da sociedade e do mercado.”
 2. “O advento da Internet muda a estrutura do lazer da área relacionada ao consumo de produtos culturais.”
3. “A cultura do consumo tem um espectro mais amplo que o acesso afetivo a itens de consumo ou de lazer pela população.”

O artigo é bem legal e foi publicado na Revista Administração de Empresas, em Out./Dez. 2000, v.40 n. 4 p. 38-47. Apesar de fazer um bom tempo de sua publicação o tema ainda está em pauta para ser discutido. Achei interessante a autora examinar o consumo desde da era do Feudalismo até os dias atuais, bom saber como chegamos até aqui, não é?

 O artigo completo vocês encontram aqui: Lazer, Cultura e Consumo

Não encontrei os direitos autorais da imagem.

Postado por Amanda Lima.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Os rolezinhos

Em um blog que fala sobre um shopping, não há como não discutirmos aqui um dos assuntos mais comentados na mídia atualmente e que gera opiniões diversas. Ainda em tempo, vamos falar dos rolezinhos.  E claro, para começar vamos entender o que é este movimento.
Os rolezinhos são encontros marcados pela internet por adolescentes e começou em dezembro do ano passado. Normalmente os participantes são jovens pobres, a maioria negros, querendo se divertir. No começo, os eventos eram convocados por cantores de funk, em resposta a um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista.
Os eventos continuam a ser promovidos, mas agora por todo o país, como forma de protesto contra o preconceito e segregação social. 
Há opiniões para todos os gostos em relação aos rolezinhos. Há quem afirme que é um movimento político e quem diga que é apenas uma diversão destes jovens.
Mas o que mais diverge é : os participantes do rolezinho são pobres coitados injustiçados que querem protestar contra a discriminação da periferia, atacando a ilusão consumista da classe média? Ou são baderneiros criminosos, dignos de punição, que ameaçam a segurança daqueles cidadãos de bem que se aquartelaram em shoppings centers para poderem fazer suas compra? Visões de esquerda e de direita à parte, uma coisa é certa, há muito o que refletir nessa história toda.
Para ajudar na compreensão dos fatos, vamos à uma visão antropológica do movimento.

"É uma questão de não ser invisível, de aparecer, estar presente, participar desse mundo que eles imaginam que seja o mundo do consumo, do shopping." É assim que o antropólogo Everardo Rocha, que tem estudos sobre a relação entre consumo, culturas juvenis e espaço urbano, analisa o fenômeno dos "rolezinhos". Rocha é professor da pós-graduação em comunicação da PUC-Rio

Para Alexandre Barbosa Pereira, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): “É muito mais um espaço de encontro, de azaração, de paquera num local de prestígio da nossa sociedade, que é o shopping center. A motivação é essa. Agora, indiretamente, inclusive pela reação que teve a esse evento, a gente pode pensar em uma série de recados que eles estão deixando sobre a desigualdade da sociedade, um preconceito muito forte de classe, de raça, e, por outro lado, de certa forma, um pouco essa cidadania pautada só no consumo.”

“O pobre no shopping repete a mimeses de Bhabha. A classe média vê os sujeitos vestindo as mesmas marcas que ela veste (ou ainda mais caras), mas não se reconhece nos jovens cujos corpos parecem precisar ser domados. A classe média não se reconhece no Outro e sente um distúrbio profundo e perturbador por isso. Não adianta não gostar de ver a periferia no shopping. Se há poesia da política do “rolezinho” é que ela é um ato fruto da violência estrutural (aquela que é fruto da negação dos direitos humanos e fundamentais): ela bate e volta. Toda essa violência cotidiana produzida em deboches e recusa do Outro e, claro também por meio de cacetes da polícia, voltará a assombrar quando menos se esperar.” Rosana Pinheiro-Machado é cientista social e antropóloga. Professora de Antropologia do Desenvolvimento da Universidade de Oxford.

Há muitos pontos a serem considerados nesta história, e dois lados com seus pontos de vista. Não se sabe até que ponto um está certo e outro errado, mas vamos continuar acompanhado e ver como vai terminar esta onda. Mas segundo a Abrasce (A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) o susto provocado pelo fenômeno acabou e não impactou o faturamento dos shoppings. E você, internauta? Qual sua opinião sobre os rolezinhos? Deixe seu comentário aqui!

Você pode ler as matérias com os antropólogos na íntegra nos links: 



Postado por Amanda Lima